GRANDE ANGULAR - Documentário Fotográfico

“Compreende-se como documento histórico todo o material produzido em um determinado período, que possa auxiliar o historiador em sua análise. Pode se constituir desde documentos produzidos por governos ou entidades e até mesmo escolas (públicas e privadas), até mesmo objetos como utensílios, indumentárias, imagens, textos de qualquer natureza, pinturas, fotografias, esculturas, canções, construções, etc. Desde que esses registros possam responder ao problema criado pelo historiador num determinado tempo e espaço. Existe, ainda, a possibilidade de trabalho com a coleta de relatos de pessoas que tenham presenciado determinadas ocorrências. Neste caso, é aplicada a fonte Oral. “ Fonte: wikipedia.org O objetivo do GRANDE ANGULAR é estar apresentando uma série de fotografias, como documento histórico, produzidas pelo fotógrafo Fernando Barbosa e Silva no período de 12 de maio a 31 de agosto do ano de 2016, período esse que nosso País passou por uma série de manifestações, artísticas, sociais, políticas, tais como OCUPAÇÃO FUNART-BH, OCUPAÇÃO DO CRJ – Centro de Referência da Juventude, OCUPAÇÃO DO SUS-BH e PROTESTOS DE RUA durante o processo e desfecho não concluído da ruptura institucional em curso na nossa Constituição Federal. Fernando Barbosa e Silva

quarta-feira, 26 de abril de 2017

OCUPAÇÃO CRJ - Centro de Referência da Juventude-BH





O CRJ é um equipamento municipal construído em parceria entre o governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude, e a PBH. De acordo com a prefeitura, esse é o primeiro aparelho público direcionado especificamente para a juventude da capital, com o objetivo de promover atividades de cultura, lazer, esporte, educação, formação profissional, empreendedorismo, entre outras, voltados para o público de 15 a 29 anos. Visa ainda produzir e divulgar informações de interesse dos jovens, ampliar a formação, o conhecimento, as oportunidades e as habilidades que auxiliem na inserção social e profissional, articular-se com entidades e instituições ligadas ao universo da juventude, bem como integrar e apoiar iniciativas locais.

Desde que foi entregue pelo governo do estado, em 2014, o prédio permanecia sem atividades e, por isso, se tornou alvo do protesto, no dia 23 de maio. Pelo acordo, a abertura será marcada por um seminário, previsto para ocorrer até julho. “O prédio está completamente equipado, tem computadores, luz, mobiliário. É realmente um desperdício ficar fechado. A ocupação atingiu seu objetivo. Foi uma vitória”, afirma o advogado Daniel Deslandes, membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, sessão Minas Gerais (OAB/MG), representante do movimento.

Segundo ele, o número de ocupantes era flutuante, já que muitos trabalham e estudam. São cerca de 100 pessoas, podendo ter o dobro em dias de pico. A desocupação está prevista para ocorrer durante toda a segunda-feira. Neste domingo, colchões e outros itens já estão sendo retirados do local.


terça-feira, 11 de abril de 2017

FUNARTE EM BH OCUPADA - Maio 2016


FUNARTE EM BH OCUPADA

 Artistas se unem contra o golpe e engrossam ocupações na capital mineira.

Contra Michel Temer, artistas ocupam sede da Funarte em BH


"Funarte é pouco". Movimento decide ocupar mas garante que a luta vai circular por toda a cidade.    O grito é o mesmo que já ecoa por outras ocupações pelo Brasil: resistir, ocupar!

Decidir por uma ocupação sempre é difícil, afinal envolve riscos, responsabilidades, e muita organização. Em Assembleia, diversos artistas, negros, LGBTs, militantes de vários movimentos e de vários segmentos decidiram arriscar pela luta e resistência contra o governo ilegítimo de Temer e ocupar a Fundação Nacional de Artes na capital mineira a partir de hoje.
Foram algumas horas de debate sobre ocupar ou não, e a assembleia, que teve início por volta das cinco da tarde, terminou às oito.

Alguém da ocupação Tina Martins, que luta pela construção de casa abrigo para mulheres que sofrem violência e resiste desde o dia 8 de março em um prédio da UFMG abandonado há vários anos, disse que a nova Ocupação tem todo o apoio da Tina. A militante que disponibilizou ajuda foi a mesma que havia dito mais cedo que, mesmo que o governo interino Temer volte a instituir o Ministério da Cultura ou das Mulheres, o movimento não deve parar, pois esse é um governo ilegítimo. Ela foi aplaudida.

Outra militante, artista do Vale do Mucuri que vive em Belo Horizonte e atualmente integra a Frente Brasil Popular, afirmou que o golpe é também racista e construído pelo imperialismo, e lembrou que os artistas foram uns dos primeiros a serem perseguidos durante a ditadura militar, porque a ‘arte é perigosa e eles devem temer’.

Outro manifestante, em uma bela fala, disse que o movimento deve ouvir a periferia, pois é onde a cultura é forte e ‘tem-se muito o que aprender com eles’. Mais aplausos. Outras pessoas também lembraram a necessidade e urgência de se juntar mais à periferia, não os esquecendo nunca.

Um artista chamou para um espetáculo que se iniciaria ali na fundação, e sugeriu que a ocupação começasse lá, no Galpão 1. Mas apesar de a arte ser necessária sempre, naquela hora a discussão tinha que continuar, afinal as pessoas queriam terminar a assembleia que decidiria os rumos do movimento.

Depois de desabafos, sugestões, críticas, muitas contribuições e alguns embates sobre a força que teria uma ocupação ali, decidiu- se por sim: ocupar mais aquele espaço! Afinal é onde artistas e amantes da arte adoram estar, então por que não fazer dele um local de resistência, nesse período obscuro da nossa politica, em que ela, justamente a arte, ‘que liberta’, pode estar ameaçada com os planos do governo de Temer?

Quando se pediu a manifestação de pessoas que poderiam ficar já esta noite, algumas se disponibilizaram. Tinha que ser pelo menos 20. Fez-as contas e o número passou disso. Estava inaugurada a Ocupação da Funarte, sem data para acabar, claro. A organização começou logo em seguida, com divisão de tarefas, criação de grupos de trabalho e planejamento para os dias de luta que virão.

por Aline Frazão15 maio, 2016